segunda-feira, 29 de março de 2010

Passa, mas não muda


Vou contar: há uns três anos atrás, com 13 anos, eu era louca por uma banda que estava começando. Eram, respectivamente, o início da minha adolescencia e o NxZero. Confesso que até pouco tempo eu era uma fã completa, daquelas que compra CD e DVD original, espalha pôsters pelo quarto e deixa os pais loucos tentando convencê-los de te levar a um show na cidade vizinha. Como eu moro no interior, shows de bandas desse tipo não são frequentes. A unica coisa que se tem por aqui, infelizmente, é sertanejo. Até cheguei a viajar 500 km para ver os meninos em São Paulo, em um evento fechado para estudante da Cultura Inglesa, onde eu fazia inglês. O tempo passou e meu momento tiete se deu por acabado. Não gostei do rumo que as músicas do Nx tomaram e nem estava ligando muito para o show que eles fariam aqui, na minha cidade. Pelo menos não até a véspera do show. Me senti culpada: como eu teria coragem de ficar em casa sendo que a banda pela qual há um tempo atrás eu faria de tudo pra ver estaria tocando? Como, Isadora, como? Traíra!Sonhei, de verdade, que tinha me arrependido por não ter ido e acabei indo; e quer saber? Me joguei, me joguei mesmo. Descobri que todas as músicas estavam guardadas no fundo da minha alma e cantei feito louca. Fiz a tiete e me diverti como não me divertia há um certo tempo. Depois de tudo isso percebi que nossos leões não morrem, mas adormecem. É como se em determinada fase da sua vida você precisasse daquilo e depois, quando não fosse mais necessário, deixasse guardado em um estante. Como um livro, que a gente lê, se apaixona e depois esquece na cabeceira da cama, indicando para os outros quando nos pedem uma dica de leitura. Momentos bons são intensos e exagerados. Quem é que nunca morreu de amor, de ódio ou de dar risada?

Um comentário:

Gabriel Ciabattari disse...

Tudo bem, eu também me esgoelei ano passado no show do CPM22, hahaha.